Ontem eu tive um bom motivo pra passar a noite em claro. Foi a expectativa de conhecer o novo trabalho de uma das melhores bandas da atualiadade, e depois de ouvir constantemente as 10 faixas inéditas, primeiro de forma analítica, depois passional, dá pra respirar tranquilo e dizer que eles fizeram o dever de casa.
Day and Age está ótimo. Tão ótimo quanto todos os albuns lançados da banda até hoje (exceto talvez Sawdust, mas esse é mais uma compilação B-Sides). Se a música Lousing Touch já demonstra claramente um estilo novo, cada vez menos parecido com Hot Fuss (que com certeza irá desagradar os fãs mais tradicionais), é difícil padronizar cada uma das mais variadas músicas deste novo album. Spaceman é o que mais se pode chegar perto de um Mr. Brightside ou When You Were Young, ainda temos um Brandon Flowers cada vez mais preocupado em manter sua voz afinada (na medida do possível) e não estravazar (até as guitarras ficaram menos "rasgadas"), e Human (primeiro single) é muito mais eletrônico do que o antes louvado pela banda Indie Rock'Roll.
Temos também algumas faixas que até lembram um pouco Sam's Town, e se as músicas deste tentavam exibir algo totalmente novo, em Day and Age dá pra sentir uma leve pegada saudosista nas melodias (das ótimas Neon Tiger e A Dustland Fairytale). Temos ainda a diferente (por não encontrar um termo melhor) Joy Ride, e até a "embrasileirada" I Can't Stay, que surpreendentemente acabei achando uma das músicas mais agradáveis do album.
No fim das contas, o que dá pra dizer é que embora houve muitas mudanças, a essência da banda não foi perdida. Temos ainda o som inconfundível do The Killers, que se mostram sempre corajosos ao arriscar em cada novo album. Evolulação é uma palavra forte para ser usada, mas Day and Age é um trabalho excepcional, e mesmo que boa parte dos fãs o condene (até eu confesso que esperava algum retorno do estilo marcante do Hot Fuss), não se pode negar uma tragetória respeitável. Tudo é diferente e ao mesmo tempo é The Killers, a banda de rock que conhecemos e adoramos. E mesmo que Brandon e cia recebam vaias durante a nova turnê, os músicos de Las Vegas têm motivos de sobra para se manterem de cabeça erguida.
Esse vídeo foi exibido esses dias, e achei comovente a forma desse homem se manifestar em relação a essa polêmica. Retirei o texto abaixo do blog Diário de Bordo, não com a intenção de copiar seu texto (deve ter dado um trabalho considerável traduzir) mas apenas para que o maior número de pessoas possível tivesse acesso a ele.
“Alguns esclarecimentos, como prefácio: não é uma questão de gritaria ou política ou mesmo sobre a Proposta 8. Eu não tenho nenhum interesse pessoal envolvido, não sou gay e tive que me esforçar para me lembrar de um membro de minha imensa família que é homossexual. (...) E, apesar disso, essa votação para mim é horrível. Horrível. (…) Porque esta é uma questão que gira em torno do coração humano – e se isto soa cafona, que seja.
Se você votou a favor da Proposta 8 ou apóia aqueles que votaram ou o sentimento que eles expressaram, tenho algumas perguntas a fazer, porque, honestamente, não entendo. Por que isso importa para você? O que tem a ver com você? Numa época de volubilidade e de relações que duram apenas uma noite, estas pessoas queriam a mesma oportunidade de estabilidade e felicidade que é uma opção sua. Elas não querem tirar a sua oportunidade. Não querem tirar nada de você. Elas querem o que você quer: uma chance de serem um pouco menos sozinhas neste mundo.
Só que agora você está dizendo para elas: “Não!”. “Vocês não podem viver isto desta forma. Talvez possam ter algo similar – se se comportarem. Se não causarem muitos problemas.” Você se dispõe até mesmo a dar a elas os mesmos direitos legais – mesmo que, ao mesmo tempo, esteja tirando delas o direito legal que já tinham (o do casamento civil). Um mundo em volta deste conceito, ainda ancorado no amor e no matrimônio, e você está dizendo para elas: “Não, vocês não podem se casar!”. E se alguém aprovasse uma Lei dizendo que você não pode se casar?
Eu continuo a ouvir a expressão “redefinindo o casamento”. Se este país não tivesse redefinido o casamento, negros não poderiam se casar com brancos. Dezesseis Estados tinham leis que proibiam o casamento inter-racial em 1967. 1967! Os pais do novo Presidente dos Estados Unidos não poderiam ter se casado em quase um terço dos Estados do país que seu filho viria a governar. Ainda pior: se este país não houvesse “redefinido” o casamento, alguns negros não poderiam ter se casado com outros negros. (...) Casamentos não eram legalmente reconhecidos se os noivos fossem escravos. Como escravos eram uma propriedade, não podiam ser marido e mulher ou mãe e filho. Seus votos matrimoniais eram diferenciados: nada de “Até que a morte os separe”, mas sim “Até que a morte ou a distância os separe”.
O casamento entre negros não era legalmente reconhecido assim como os casamentos entre gays (...) hoje não são legalmente reconhecidos.
E incontáveis são, em nossa História, os homens e mulheres forçados pela sociedade a se casarem com alguém do sexo oposto em matrimônios armados ou de conveniência ou de puro desconhecimento; séculos de homens e mulheres que viveram suas vidas envergonhados e infelizes e que, através da mentira para os outros ou para si mesmos, arruinaram inúmeras outras vidas de esposas, maridos e filhos – apenas porque nós dissemos que um homem não pode se casar com outro homem ou que uma mulher não pode se casar com outra mulher. A santidade do matrimônio.
Quantos casamentos como estes aconteceram e como eles podem aumentar a “santidade” do matrimônio em vez de torná-lo insignificante?
E em que isso interessa a você? Ninguém está te pedindo para abraçar a expressão de amor destas pessoas. Mas será que você, como ser humano, não teria que abraçar aquele amor? O mundo já é hostil demais. Ele se coloca contra o amor, contra a esperança e contra aquelas poucas e preciosas emoções que nos fazem seguir adiante. Seu casamento só tem 50% de chance de durar, não importando como você se sente ou o tanto que você batalhará por ele. E, ainda assim, aqui estão estas pessoas tomadas pela alegria diante da possibilidade destes 50%. (...) Com tanto ódio no mundo, com tantas disputas sem sentido e pessoas atiradas umas contra as outras por motivos banais, isto é o que sua religião te manda fazer? Com sua experiência de vida neste mundo cheio de tristeza, isto é o que sua consciência te manda fazer? Com seu conhecimento de que a vida, com vigor interminável, parece desequilibrar o campo de batalha em que todos vivemos em prol da infelicidade e do ódio... é isto que seu coração te manda fazer?
Você quer santificar o casamento? Quer honrar seu Deus e o Amor universal que você acredita que Ele representa? Então dissemine a felicidade – este minúsculo e simbólico grão de felicidade. Divida-o com todos que o buscam. Cite qualquer frase dita por seu líder religioso ou por seu evangelho de escolha que te comande a ficar contra isso. E então me diga como você pode aceitar esta frase e também outra que diz apenas: “Trate os outros como gostaria de ser tratado”.
O seu país – e talvez seu Criador – pede que você assuma uma posição neste momento. Um pedido para que se posicione não numa questão política, religiosa ou mesmo de hetero ou homossexualidade, mas sim numa questão de Amor. (...) Você não tem que ajudar ou aplaudir ou lutar por ela. Apenas não a destrua. Não a apague. Porque mesmo que, num primeiro momento, isto pareça interessar apenas a duas pessoas que você não conhece, não entende e talvez não queira nem conhecer, é, na realidade, uma demonstração de seu amor por seus semelhantes. Porque este é o único mundo que temos. E as demais pessoas também contam."
Lembro-me quando estava na faculdade de Jornalismo, estudamos em uma matéria (que nem me recordo o nome) durante mais de três meses sobre o que significa arte. Foram inúmeras discussões, pesquisas, trabalhos, e no fim das contas, estávamos tão sobrecarregados de informação que já era impossível discernir, em meio à todas as divergências dos teóricos que estudamos, uma resposta definitiva para essa pergunta. O assunto se tornou fatídico, até que pouco a pouco ninguém aguentava falar sobre aquilo, e como a grande parte das discussões mais polêmicas, não houve uma conclusão decisiva.
Isso é só uma prova, do quão incrível é a arte. É algo, que no fundo todos sabemos seu significado, mas é impossível de colocar em palavras. Porque a arte é um sentimento que não deve ser discutido como teoria por centenas de metidos a intelectuais. A arte, não a arte dos livros, mas a arte sentida, nos toca com tanta força, que temos a convicção de que existe algo além de átomos e matérias nesse enorme universo. E se não, talvez mais belo ainda, porque nada pode ser tão rasgante quanto a beleza e a tragicidade do que é ao mesmo tempo tão glorioso e tão sem sentido.
Se podemos criá-la, então dessa forma, talvez, possamos ensiná-la.
Cara, eu lembro da primeira temporada, e aquilo era série. Pessoas normais com poderes dá uma boa história, mas tem que saber aproveitar os personagens. Lembrando o pq a primeira temporada era foda!
- O fim do primeiro episódio foi épico. - O desenvolvimento da relação Petrelli, principalmente a conversa do Peter com o Nathan no terraço do prédio (que é revelado os poderes do Peter) -A história da Claire era massa, ela não era uma emo. Destaque pro episódio que ela senta o carro no muro com o carinha lá. -O Hiro sempre foi engraçado, mas na primeira temporada havia um roteiro que fazia jus ao personagem. - Final do quarto episódio. Aparição do Hiro pro Peter no trem... FODA!!! nem parece a mesma série que essa terceira temporada. -Syler! Havia um desenvolvimento interessante desse em particular, e não aquela palhaçada da nova temporada. A conversa com a mãe dele foi muito boa.