terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Príncipe de lugar nenhum

Olá queridos amigos.

Existe um fulaninho aí chamado Seth Schiesel que escreve para a New York Times. Bom, ele escreveu recentemente um artigo que me chamou muita atenção. Sabe o jogo Prince of Persia? Então, foi lançado um game da franquia para a nova geração, e ele afirma que o jogo é culturalmente irresponsável. Segue uma citação:

"O que nós somos para fazer um 'Príncipe da Pérsia' que fala e se comporta como um adolescente americano de 17 anos que só fica em shopping center? Um 'Príncipe da Pérsia' com olhos azuis, rosto anglicano e o que parece ser um bronzeado que ele pegou nas últimas férias de primavera? Justiça seja feita, o novo 'Prince of Persia' não alega nenhuma autenticidade cultural ou histórica; o jogo é ambientado em um reino mágico de fantasia e não em uma versão de um lugar real. Mas isso absolve o jogo de toda sua responsabilidade?", questiona.

"'Prince of Persia' é um grande jogo, mas simplesmente ser um videogame não é mais suficiente para se omitir do fato de que é parcialmente responsável por moldar as percepções e atitudes de seus jogadores. Não mais", conclui.

Sinceramente, acho que se o game tivesse qualquer pretensão de ser cultura (como Age of Empires teve), seria reprovável que esses elementos fossem ignorados. Mas até onde eu conheço a série (não muito pra falar a verdade), não me lembro de ter nenhuma relação com fatos históricos em sua trama. Então, porque tanto falatório?

O que vocês acham disso? Um jogo, por ser entretenimento puro já foge do compromisso de trazer bagagem cultural, ou sua responsabilidade cresce, quando olhamos em volta e vemos um mercado em ascenção, tão diferente do que foi a 20 anos atrás?


quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

É, quase não postei isso.

Grande clichezão, fazer o que. Mas a ausência de posts ultimamente me obriga a falar a todos: Feliz natal galera!

PS: Acabei de perceber que em 2007 o Blog do Nandim teve o número razoável de 68 postagens. Isso equivale a cerca de 1 post a cada 5 dias. Infelizmente, esse ano o número caiu para 40 (incluindo este). Um post a cada 9 dias. What a shame.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Para refletir...

"Anunciar, e acreditar, que Deus está morto tem as suas consequências. E é o que estamos a sofrer mais por isso. Nós não podemos suportar a totalidade do universo sobre os nossos ombros. Nós não fomos feitos para isto. Devemos deixar que Deus seja Deus. Só assim então os homens poderão ser homens. Só então poderemos encontrar o caminho possível, e as cargas não serão insuperáveis."

Ao contrário do que você possa pensar, não existe um pingo do velho e pretensioso orgulho (quando tratamos de assuntos delicados e pessoais) neste post, nem sequer uma parcialidade. Estou apenas deixando este pensamento do escritor e conferencista australiano Bill Muehlenberg, de seu ensaio "O insustentável peso do ser".

Li isso enquanto pesquisava um assunto interessante: ateus tendem a ser mais depressivos. E em países que possuem mais ateus, o nível de suicídio é consideravelmente mais alto.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Fringe


Para muitos J.J. Abrams é apenas um nerd com alguma idéias razoáveis, ainda que suas obras sejam decepcionantes. Não para mim, sou fã do cara desde o dia que descobri que era ele o responsável pela melhor série de todos os tempos (quando eu aluguei o 1° DVD de LOST, ví os 4 episódios em uma sentada, e no dia seguinte aluguei mais 2 DVDs).

Então, acho LOST uma obra-prima da televisão. Acho Cloverfield uma das experiências mais interessantes que o cinema norte-americano proporcionou nos últimos anos (e se você é daqueles que achou o filme ruim por não explicar as origens do monstro... faça algo ruim a si mesmo), e agora resolvo assistir sua mais nova série: Fringe.


Não é brilhante.

Se você espera algo que fascine da mesma forma que LOST o fez, diminua suas expectativas. Mas isso não significa (não mesmo!) que Fringe não seja uma boa série. Assisti somente o primeiro episódio, e os personagens ainda estão muito verdes, então tudo pode melhorar. Mas não senti aquele envolvimento com eles, e pra falar a verdade, só gostei de 2 (a protagonista e o seu chefe), mas como disse antes, ainda está muito cedo pra julgar. O destaque ficou mesmo nos mistérios, na capacidade desse nerd-quase-gênio de construir uma trama baseada em grandes pontos de interrogação, e nos mostrar que essas dúvidas podem mesmo ser muito mais interessantes que as próprias respostas (claro, se ele não decepcionar com aquelas resoluções idiotas como "era somente um sonho").

Com uma pegada Arquivo X (que assisti pouquíssimos episódios), a série trata sobre casos bizarros envolvendo experimentos científicos ainda mais bizarros, e claro, com aquele clima de conspiração.

Vou assistir mais porque parece já ter uns 10 episódios lançados. Só assim dá pra saber se temos realmente uma série promissora, ou apenas um piloto bem intencionado.