
Aliás, não consigo entender a intenção dos criadores com toda mudança do novo desenho (na qual o longa foi baseado) ao retirar todos os carismáticos vilões e substitui-los por criaturas totalmente descaracterizadas. O próprio vilão da película não consegue render nenhum bom momento, e os 13 monstros mal aparecem, servindo claramente como merchandise.

Mas voltando às tartarugas. Com um senso de humor atraente, é dificil não se cativar com suas piadinhas juvenís. Acertando ao desenvolver uma história que reconhece o tempo passado à ausencia destes personagens (o que não contraria a lógica do projeto, da mesma forma que aconteceu com Superman Returns), é interessante notar que os roteiristas se preocuparam em amarrar as pontas ao invés de ignorar os capítulos anteriores. Mas infelizmente isso acontece de forma um pouco equivocada, já que apenas Leonardo e Rafael conseguem estabelecer um contato maior com o espectador, enquanto Michelangelo e Donattelo servem apenas de alívio cômico, o que é uma pena. Além disso, o maior charme de As tartarugas ninjas, que se encontra quando vemos todas juntas, acontece em pouquíssimos momentos (existem 2 cenas realmente legais, a primeira em uma batalha em um edifício em construção, e outra na invasão de um museu. Essas sim conseguem evocar todo o charme das tartarugas, tanto nos diálogos, quanto na ação). E os outros "coadjuvantes" (eles tem um papel maior que Mike e Don) Casey e April servem para criar um romance barato e mal desenvolvido, que não acrescenta muito à história. Também confesso que não consegui engolir essa nova April, transformada em uma ninja aparentemente tão eficiente quanto as próprias tartarugas. Gostava mais da garota como repórter...

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