sábado, 31 de março de 2007

300

Baseado na Graphic Novel de Frank Miller, 300 é um filme ambicioso que trás basicamente a mesma premissa de Sin City: Transportar toda a mágica dos quadrinhos para o cinema através do uso de Chroma Key (estilo de filmagem com os atores sobre um fundo verde, criando-se então todo cenário no computador) e o resultado final é surpreendente. Com um orçamento de "apenas" 60 milhões de dólares (acredite, é um número pequeno comparado às grandes produções de Hollywood), 300 é um desses filmes que conseguem dar, visualmente falando, um passo a frente no cinema de tudo que já se viu, como O mágico de Oz, Titanic, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei e o próprio Sin City ja haviam feito. E é impossivel não pensar nas grandes possibilidades que foram abertas para serem criadas películas ambiciosas por diretores menos prestigiados. O barateamento com as novas técnicas de efeitos especiais está explícito. Um novo jeito de fazer cinema? Será que isso vai incentivar a criativade de cineastas a produzir grandes filmes? Isso só o tempo vai responder...


Agora volto ao filme em sí. Bem, vou logo dizendo que a grande força de 300 reside mesmo em seus aspéctos técnicos. Confesso que não lí a Graphic Novel, mas não é dificil, durante a projeção, notar que a película literalmente dá vida aos quadrinhos. Todos as tomadas possuem anglos estratégicamente calculados, e a fotografia, com seu tôm de cores caracteristico dão uma idéia boa das imagens de Frank Miller (e a notável fidelidade ja garante outro ponto para o diretor Zack Snyder). Foram diversas cenas memoráveis de tão belas, e a trilha sonora também é competente em acertar o estilo musical para um filme como esse (além da ousadia em inserir faixas de metal em algums cenas, que poderiam facilmente se tornar cafonas em um filme épico, coisa que não acontece). A história também têm seus méritos, mas fica óbvio que toda beleza da narrativa são os diversos diálogos que foram tirados intáctos da Graphic Novel. O elênco faz um bom trabalho, mas o filme impede a maioria dos personagens de crescerem ao longo da história, o que é uma pena. E não posso deixar de comentar sobre Rodrigo Santoro que cria Xerxes como um vilão interessante (suas expressões meio cartunescas dão vida ao personagem) e divertido, mas não forçado.

Infelizmente, apesar dos grandes momentos, 300 não consegue ser tão bom quanto Sin City justamente por não ter um enredo tão interessante. É bem provável que isso não acontece nos quadrinhos, mas cinema é diferente, e ele exige uma aproximação maior entre os personagens e o público, o que é acontece de forma pobre na nova adaptação. É uma pena, descobrir durante o discurso de um personagem no final da história, que você nem se importava tanto com os 300 guerreiros espartanos como o filme gostaria que você se importasse. Mas o resultado final é mais que satisfatório. Afinal de contas, a estética é hipnotizante.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Mico na TV!!

Pra dar uma relaxada, resolvi postar alguns vídeos engraçados. Afinal de contas, esse blog também é lugar pra humor.

Alguns dias atrás durante uma aula do curso de jornalismo, uma colega perguntou ao professor sobre gafes, não só de jornalistas, como também de pessoas falando na TV de modo geral. Coincidentemente, pouco tempo atrás eu havia assistido a alguns vídeos hilários indicados por um amigo. Por isso gostaria de compartilhar a experiência com vocês e mostrar algumas dessas gafes não tão incomuns que vemos na televisão.

Gafe no SBT
Gafe do Dr. Araújo
Gafe no Faustão
Gafe com Marihuana

domingo, 18 de março de 2007

Heroes!


Como havia comentado sobre LOST anteriormente, acho justo fazer uma postagem a respeito de mais uma série fantástica que acaba de chegar a TV brasileira. Trata-se de Heroes, que conta a história de jovens normais que ganharam super poderes e agora precisam salvar o mundo.

Ah, parece uma história batida não é mesmo? Se você está pensando em X-Men ou outros ícones de HQ de fato você está certo. Mas não se engane, existe um diferencial na forma como a história é contada e é na narrativa que reside todo charme de Heroes. Todos os personagens contam com um perfil diferenciado e a forma com que tratam seus novos poderes, bem como a inter-relação entre eles que se desenvolve de uma forma sólida, verossímil.



Com efeitos especiais belos que se confundem com um filme (claro, na medida do possível), um roteiro magicalmente bem bolado (mas nunca escondendo que foi baseado diretamente de outros HQs. Repare, até a presença de Stam Lee está lá como habitual em filmes de seus heróis), personagens carismáticos e cativantes (destaque especial ao Hiro Nakamura, o japonês capaz de controlar o tempo e espaço) e uma dose de suspense, Heroes é uma série que deve ser assistida por qualquer apreciador, tanto de super-heróis, quanto de séries de TV.


E se você não é de nenhum dos dois, eis aqui uma bela chance pra começar.


Acesse o site www.heroesdownload.blogspot.com para encontrar todos os episódios para download, com imagem em alta resolução e legendas em português.

quarta-feira, 7 de março de 2007

4, 8, 15, 16, 23, 42...


Finalmente chega ao Brasil a terceira temporada da série mais polêmica dos ultimos tempos. E o que significa esses números? Bem, se você passou os ultimos anos da sua vida preso em uma ilha deserta... ops, nesse caso você tem a obrigação de saber que esses são os famosos bad numbers de LOST.

A nova temporada tem inicio mostrando o que aconteceu com os personagens Jack, Kate e Sawyer, além de revelar alguns mistérios intrigantes logo no comecinho. Sem deixar a peteca cair, o primeiro episódio se desenrola com o mesmo suspense de sempre, desenvolvendo na dose certa os acontecimentos da ilha e cada um dos personagens com flashbacks, que não só servem para que conheçamos melhor cada individuo, como também mescla acontecimentos paralelamente de forma instigante.

Não deixe de conferir os novos episódios de LOST, começando pela reprise do primeiro (A Tale Of Two Cities) que começou essa semana na AXN.




Horários:
Segunda às 21:00

Reprises: Terça às 11:00 e 16:00, e domingo às 21:00





sábado, 17 de fevereiro de 2007

Cinema não, videogame!!!

Algum nerd ja deve ter dito a você que videogame não é coisa de criança. Ele tambem disse que no japão todo mundo joga mesmo adulto, e que só existe esse preconceito no Brasil por ser um país de terceiro mundo. Apesar de ter sentido pena do cara (é, foi um homem) foi melhor substituir este sentimento pela ironia devido sua leveza.

Mesmo que muita gente ainda pense em games como "um refúgio para os que não socializam", uma coisa ninguem pode negar: videogamame ja deixou de ser brincadeira faz tempo. Em meio a jogos milionários e "produções cinematográficas", já existem games trazendo conteúdo pra fazer inveja em bons filmes de hollywood. Por isso escolhi esse video para mostrar a vocês um dos jogos mais respeitosos do mercado, Metal Gear Solid: Snake Eater. São só 4 minutinhos, não vão doer nada.

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Soma-se isso ao fato de que uma nova geração ja chegou com consoles infinitamente mais poderosos, alem da novidade Wii que promete atrair novos publicos. Então não fique espantado se daqui 10 anos as pessoas terem respeito aos games eletrônicos como uma verdadeira arte.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

E isso é justiça?

Durante uma rápida explorada pela web uma notícia me chamou a atenção. Ela falava justamente sobre o terrível crime que sensibilizou o Brasil, cometido por rapazes menores de 18 anos. Só que dessa vez, foi um grupo de pessoas que tentaram espancar (ou talvez até matar) os quatro criminosos.

Queria deixar apenas uma questão aqui para ser refletida: essas pessoas tinham justificativa moral para atacar os rapazes responsáveis pelo crime? Quando é que espancar e matar se torna plausível para uma sociedade? E por último, os pais da vítima são aqueles que merecem mais pena?

Numa resposta rápida e superficial eu diria que sim. Afinal de contas, são os pais que estão sofrendo injustamente nesse exato momento, tudo por causa de pessoas sem coração e sem princípios, capazes de fazer atrocidades apenas para conseguir dinheiro. Mas eu não posso manter minha resposta, e por mais que pareça brincadeira achar que os culpados merecem mais compaixão que as vítimas, eu preciso acreditar nessa hipótese com seriedade. Se eu não fizer isso, estarei automaticamente fazendo muitas escolhas sérias que acredito serem erradas. Se eu não fizer isso, estarei acreditando que existem pessoas no mundo que não merecem compaixão. Se eu não fizer isso, estarei acreditando que a igualdade entre seres humanos é, e sempre será uma utopia. E por maior que seja o sofrimento que a mãe e o pai da criança estão passando, é mais triste ainda ver que pessoas tão jovens estão jogando suas vidas fora e nada mais conhecerão além da desgraça.

É por isso que eu peço para acreditarmos na legislação e darmos o tempo necessário para que a justiça seja feita. Cidadãos, esse não é nosso papel.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

O garanhão italiano está de volta!

Finalmente! Depois de muita expectativa Rocky Balboa estréia no Brasil e podem ficar tranquilos, o sexto episódio da franquia encerra com chave de ouro a cine-série que conquistou o mundo em 1976.
A primeira coisa que fiquei feliz durante a projeção foi perceber que se tratava de um Rocky legítimo, e não um filme sobre a série. Desenterrar películas antigas nem sempre é uma boa idéia, por isso fiquei com medo de presenciar exatamente como um personagem defininiu a luta que gira em torno do longa: uma exibição. Felizmente, Stallone (sim, ele mesmo) acerta a mão como diretor e desfaz um erro que havia cometido nos ultimos exemplares da franquia: o desenvolvimento dos personagens.

Dessa vez temos um Rocky abatido e cansado que nada lembra o energético herói que protagonizou os primeiros filmes. Sua mulher Adrien faleceu de câncer e desde então sua vida foi perdendo o sentido já que não mais pode mais lutar, alem do fato de que seu filho acabou se distanciando. Velho demais para continuar a carreira, Rocky abre um restaurante para levar a vida. Enquanto isso, Rocky Jr. (Milo Ventimiglia) está irritado com o pai, já que por causa do seu sobrenome, acaba vivendo e sendo visto pelas pessoas apenas como uma sombra do ídolo. É então que surge um progama de TV que, em computação gráfica é capaz de medir o talento de cada lutador e dizer qual seria o vencedor se dois campeões de épocas diferentes se enfrentassem. Depois da luta entre Mason Dixon (atual campeão) e Rocky Balboa, é de se esperar que as pessoas fiquem bastante curiosas com o resultado da luta, e como Rocky estava querendo voltar, alguns empresários tratam de colocar os dois no ringue e criar um verdadeiro evento.

O inegável sentimento de nostalgia tambem se mostra presente incontáveis vezes (confesso que senti um prazer muito grande só de ver Sylvester Stallone e Burt Young interagindo) e os momentos consagrados da série (como os treinos que antecendem as lutas) e o próprio tema Gonna Fly Now é capaz de provocar arrepios no público. No mais, o melhor do garanhão italiano está aqui e deve ser visto não só pelos fãs da série, mas por todos aqueles que apreciam um bom cinema.