quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Descanse em paz...

Minha família está passado por um momento realmente difícil. Desde que fomos informados que a minha tia Ilma estava com câncer de pulmão (e ela nem fumava =/), o sentimento de angústia foi constante nos últimos meses. Senhora amorosa, carinhosa, que sempre ajudava todos que precisavam. Me atrevo a dizer, que ela foi (e ainda é) a pessoa mais querida de toda a família.
Fico chateado de pensar que poderia ter visto-a mais, conversado mais. Não para uma construção sentimental da minha memória, mas sim da dela. Ela não está mais aqui, e é isso que tanto aflinge nesses momentos. Por que não fui mais presente?
Houve um momento em que o câncer havia desaparecido. Os médicos haviam dito que era clinicamente impossível cura-la à altura em que a doença havia progredido, mas ela ficou curada. Não havia mais tumor, o que nos levou a crer que havia acontecido um milagre. Eu mesmo cheguei a acreditar nisso, o que foi ainda pior, quando uns 2 meses depois, o câncer voltou subitamente, e desta vez, ainda mais forte. Depois de lutar tanto, a coitadinha realmente não tinha mais forças. Pelas visitas que fiz, mal segurei a tristeza de ve-la no estado em que estava.
Hoje, ela se foi. E por mais que eu havia colocado em minha cabeça que não somos tão próximos e por isso não sofreria tanto, não podia estar mais enganado. Estou sentindo na pele pela primeira vez, o vazio da perda da morte. A única tristeza em que não existe luz no fim do túnel, a única ferida que não passa, que o tempo não cicatriza. Pelo menos você pode finalmente descansar em paz, tia...

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